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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Amor patológico II - O Sedutor

Quem não quer amar e ser amado!? Amor, é tão bom! Faz tão bem!

Esse é o segundo texto sobre amor patológico  . Neste texto irei falar um pouco daquele que faz o papel do sedutor da relação.




Caso não tenha visto o primeiro texto vai ajudar a compreender melhor o que será dito a seguir. Clique aqui e leia o primeiro texto.

Na vinculação tantalizante (explicada no texto anterior) geralmente o homem é o sedutor. Mas, pode ser o papel também feito pela mulher.

Em geral é um homem que apresenta ser vencedor e com muita segurança. Muitos casos são de famílias que sofreram dificuldades e coube a ele desempenhar o papel de conseguir superar as dificuldades.

No texto anterior mencionei alguns exemplos de possíveis vínculos tantalizantes. Relacionamentos dos quais a mulher é a amante e o rapaz nunca termina o casamento para ficar com ela. Ou namoro em que o homem some após uma briga e ela resolve finalmente terminar com toda convicção até que ele aparece e renova suas esperanças e esse comportamento é repetitivo, ocorre muitas e muitas vezes. Relacionamentos que vai e vem o tempo todo.

Mas, calma, não é todo relacionamento com essas características que são relacionamentos patológicos.


David E. Zimerman, psicanalista quem desenvolveu essa teoria, afirma que o amor patológico também acontece em casamentos. Segundo ele são casais que não conseguem viver juntos, mas, também não conseguem viver separados. Brigas constantes, separações e reaproximações eternas.

Lembrando que esse tipo de vínculo que estamos falando são de duas pessoas. As duas estão envolvidas de forma patológica.

Características daquele que assume o papel do sedutor. 


Domínio


"O domínio sobre o outro, ou outros, pode ser exercido de muitas formas distintas, como é o caso de uma dominação intelectual, moral, econômica, política, religiosa, afetiva, mas, nos casos bem-caracterizados, sempre alude ao exercício de um poder supremo que leva o outro a sentir-se subjugado, controlado, diminuído, humilhado, manipulado e em uma crescente dependência má." David E. Zimerman.

Pode chegar ao caso do(a) dominador(a) sentir a necessidade de marcar de alguma forma a parceira(o), exemplos são "chupões", agressões físicas até mesmo tatuagem.

Apoderamento


Comportamento que remete a ter poder sobre a parceira(o). Este comportamento pode estar relacionado ao medo de ficar desamparado (medo não consciente), de forma inconsciente o sedutor para se sentir seguro tende a "apoderar" do outro de diversas formas. Há consciencia do que o outro gosta e deseja ele(a) consegue controlar o outro através do que o outro gosta.

Sedução

A sedução em certa medida tem seu ponto saudável, mas neste tipo de vínculo não é. Os recursos para seduzir nem sempre são os mais éticos e quando consegue segundo David E. Zimerman pode desprezar e abandonar a vítima e seguir para outro jogo de sedução, nestes casos são os que se usualmente chamados de "Don-juans". Ou é mantido o vínculo mas de forma patológica. É onde entra as promessas e ilusórias histórias de que a relação irá se tornar mais profunda.
O sedutor pode promover na(o) parceira(o) o deslumbramento de ordem intelectual, física entre outras.

Estas são as principais características encontradas naquele que no vínculo tantalizante exerce o papel do sedutor.

Tudo isso cria no seduzido um sentimento de receber afeto, entretanto, se submeter a dominação e a frustrações.

O vínculo tantalizante pode ocorrer também com pais em relação aos seus filhos. Abaixo segue o David E. Zimerman explicando:
Na situação mencionada, de pais obsessivos que exerceram sobre os filhos pequenos
uma sedução de tipo tantalizante, isto significa que eles tanto lhes davam carinho, proteção e elogios, quanto também impunham rígidas condições e suplícios, como a de que as crianças devessem pensar, desejar, sentir, valorar e agir estritamente de acordo com eles, pais (ou, pelo menos, com um deles, o dominador), sob pena de castigos severos, às vezes físicos, ou de um corte na comunicação verbal, ameaça de expulsão de casa, etc. Outras vezes, o suplício é praticado com castigos mais dissimulados, sabotando, obstaculizando ou desqualificando qualquer iniciativa do filho que não estivesse de acordo com o pai, ou mãe, dominador(a) ou que não tivesse provindo da iniciativa deles.


Crianças educadas por pais com esse tipo de comportamento tem maior probabilidade de ter vínculos também tantalizantes no seus relacionamentos amorosos.

Pessoas com esse tipo de vinculação na grande maioria dos casos não sabem que estão inseridas em uma relação patológica. O sedutor não é o malvado da história e o seduzido a vítima. Há nas duas partes conflitos internos que remetem a ambos a se vincular dessa forma. 

Importante, somente com as informações aqui contidas  não é possível identificar com certeza absoluta esse diagnóstico. Pode-se desconfiar a partir das informações aqui passadas, mas é necessário um profissional da psicologia para diagnosticar. Aqui foram apresentadas um pouco de um conteúdo mais amplo e complexo.

Se gostou e se interessa saber mais comente, compartilhe, envie um e-mail (joycesouza.psico@gmail.com) ou entre em contato pelo Blog no canto direito da dela.

Esse texto é meramente informativo não tem fins terapêuticos. 

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